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Arquitetos: Sarah Lake Architects
- Área: 195 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Tom Ross
Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma grande treliça de madeira envolve uma nova extensão de dois andares na parte posterior dessa casa. A tela se conecta à casa existente, funcionando como um dispositivo de sombreamento na fachada norte da extensão e depois se curva para formar um espaço de convivência ao ar livre.
O desejo dos clientes era ter mais espaço, manter e aprimorar o jardim, aumentar o depósito e ter uma sala em um nível mais baixo. Manter o jardim era o principal objetivo, pois era um dos passatempos favoritos do cliente. O desafio se deu em como conseguir o espaço necessário para a renovação, mantendo e aumentando o jardim no quintal limitado. Isso levou à decisão de erguer mais um andar a fim de maximizar o espaço para o plantio.
A estrutura funciona como uma treliça para os proprietários cultivarem seu jardim por cima e ao redor da casa. Também cria sombreamento solar eficaz e atua como uma tela de privacidade para o primeiro nível. Ela ajuda a criar um espaço de convivência ao ar livre que substitui e imita o já existente e bem utilizado. O projeto se baseia em princípios de design passivo. A extensão envolve o lado sul, o que permite maior acesso ao sol, com a longa fachada voltada para o norte. Isso permite o acesso ao ar livre desde todos os espaços de convivência. A tela se projeta para fora da casa com profundidade suficiente para criar um beiral a fim de garantir que o sol não atinja o vidro no verão.
As arcadas são inspiradas nas modernas casas feitas em tijolos dos migrantes e suas varandas, nas arcadas de treliça de madeira em varandas antigas, nas arcadas inversas de cercas brancas recortadas e nas variadas pérgolas de quintais da região. A tela é uma treliça de jardim superdimensionada, um elemento presente em muitos quintais para apoiar um jardim produtivo. Ela faz referência aos jardins clássicos mas, nesse caso, ganha grandes proporções para abrigar toda a fachada e apoiar o crescimento de plantas como maracujá, kiwi e uva. Ela fornece o dispositivo arquitetônico para unir o antigo e o novo.
O orçamento era muito limitado, por isso, foi necessário encontrar um equilíbrio entre os itens obrigatórios do briefing, o tamanho e os materiais. Os materiais utilizados são simples e econômicos: laje de concreto polido, gesso, placas de fibrocimento, piso de madeira natural e o tramado de ripas de madeira pintada. As alturas dos cômodos são mantidas baixas, com o envidraçamento voltado para o norte e a sala em um nível mais baixo proporcionando uma sensação generosa de espaço. Uma mistura de marcenaria pronta e personalizada e uma combinação de azulejos de baixo custo e decorativos permitiram alcançar o nível desejado de acabamento.
A tela está funcionando conforme o previsto. Maracujás estão nascendo na fachada, e as uvas estão subindo pela treliça, se entrelaçando na tela e habitando o espaço entre ela e a casa. Elas mantém a casa fresca e tornam o jardim imediatamente visível do interior. A extensão foi projetada como um volume separado, ligando por um corredor o antigo e o novo, para permitir que os moradores vivam na casa durante a construção.